segunda-feira, 5 de novembro de 2012

SÃO TURÍBIO DE MOGROVEJO


São Turíbio Mogrovejo nasceu em 1538 na cidade na cidade de Mayorga na Espanha. Nascido em família nobre e rica estudou em Valladolid, Salamanca e Santiago de Compostela, formou-se em direito, recebeu também uma formação cristã e humana. Mas o chamado à vida dedicada ao senhor, dentro do ministério sacerdotal, falou mais forte, renunciando assim à sua profissão.

Em 1573 Foi nomeado membro da inquisição, tinha 40 anos e era Presidente do Tribunal de Granada quando, por indicação do Rei Felipe II, o Papa Gregório XIII o nomeou Arcebispo de Lima.

São Turíbio de Mogrovejo chegou à sua arquidiocese (América Latina) em maio de 1581. Chocado com a miséria espiritual e material em que viviam os índios, aprendeu sua língua e passou a defendê-los contra os colonizadores, que os exploravam e maltratavam. Era venerado pelos fiéis e considerado um defensor enérgico da justiça, diante dos opressores. Com energia e, sobretudo, com seu exemplo pessoal, pôs freio aos abusos, moralizou os costumes e promoveu a reforma do clero.

Em pouco tempo, o ex-jurista transformou-se num exímio catequista que evangelizava os indígenas com palavras simples, mas ardorosas. Percorreu três vezes em visita pastoral todo o imenso território de sua arquidiocese, viajando incansavelmente milhares de quilômetros. Entrava nas cabanas miseráveis, procurava os indígenas fugidios, falava-lhes com bondade em seus idiomas levando-os ao conhecimento de Jesus cristo e conquistando-os para ele.

São Turíbio de Mogrovejo chamava a atenção de todos por demonstrar intensa vida de piedade, à qual dedicava diariamente muitas horas de oração e meditação. Dentre as atividades que desempenhou destaca-se: As três visitas pastorais que tomaram-lhe mais de dez dos seus vinte e cinco anos de episcopado, os treze sínodos regionais de bispos que convocou e presidiu a catequese dos indígenas que regulamentou e aperfeiçoou, além disso, fez imprimir para eles os primeiros livros editados na América do Sul: o Catecismo em espanhol, em quéchua e em aymara. Fundou cem novas paróquias em sua arquidiocese. Teve a satisfação de converter milhares de indígenas e de crismar três santos: São Martinho de Porres, São Francisco Solano e Santa Rosa de Lima.
A morte do santo
São Turíbio de Mogrovejo faleceu em 23 de março de 1606 as 15h30m, numa Quinta-Feira Santa, depois de uma grave enfermidade numa pobre capela a quase 500 quilômetros de Lima em sua última visita pastoral. - Enquanto São Turíbio agonizava a seu pedido eram tocados ao som de uma harpa os salmos 116 e 31 pouco antes da sua morte se desfez das roupas que usava para dá-las aos índios que o acompanhavam na hora da morte.

Bento XIII o canonizou em 1726 e João Paulo II o proclamou Padroeiro do Episcopado Latino-Americano em 1983.





4 comentários:

  1. Muito interessante a história deste santo que se achegou aos índios e lutou pela causa deles, os defendendo e evangelizando-os. Uma das partes que mais me tocou foi saber que pouco antes de sua morte ele doa suas roupas aos índios que depois o acompanha na hora da morte. ÓTIMA HAGIOGRAFIA. Parabéns!!!

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  2. Muito interessante essa hagiografia, percebe-se como esse santo lutou pela causa dos indios, tornando assim sua historia mais bonita e emocionante.

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  3. Que santo de nome peculiar. Interessante e comovente a história e sua causa pelos indios.

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  4. Muito bonita a história do santo, sua hagiografia ficou completa, conta como e quando o santo surgiu de forma clara facilitando na compreensão do leitor.

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